"Eu não sou desses. Não sou assim. Eu não vou fazer isso contigo."
E foram com essas palavras que eu me perdi. A princípio, me perder parecia a coisa certa, parecia ser mais fácil. Bom, mais uma vez eu estava errado. Completamente errado.
E foram com essas palavras que eu me perdi. A princípio, me perder parecia a coisa certa, parecia ser mais fácil. Bom, mais uma vez eu estava errado. Completamente errado.
Aqueles olhos castanhos me passavam segurança, mas ao mesmo tempo, me davam medo. Seus braços eram convidativos, assim como toda armadilha. Seu peito era aconchegante, feito um leito de morte. Eu ouvia seu coração bater, mas parecia uma gravação. Seus cabelos grandes e macios eram reconfortantes, mas tão liso que escapavam das minhas mãos.
Apesar de todos os sinais, do medo, eu ignorei. Posso não ter me jogado de cabeça naquele lago escuro e misterioso, mas não entrei cuidadosamente. Apenas... Entrei. E me vi enrolado em algas que me puxavam para o fundo. Entrelaçadas em meus pés e mãos, acariciando minha face, vendando meus olhos, tapando meus ouvidos. E cada vez, sempre mais fundo...
E o mais engraçado disso tudo é que, apesar do medo, eu deixava. Não me debatia, não lutava. Cada célula do meu corpo gritava para fugir, mas não conseguia escutar. A venda em meus olhos produzia imagens de um sonho bom, acompanhadas de sons, vozes e músicas reconfortantes. Como acompanhamento, o cheiro e as carícias que eu sentia tornavam o torpor ainda maior. Como fugir de algo que parecia tão confortável, tão bom?
E então, tudo some. Repentinamente. Não há mais nenhuma venda em meus olhos, mas não conseguia enxergar nada. Não conseguia escutar mais nada. Eu estava tão no fundo que nenhum sentido fazia sentido. Meu corpo não sentia mais nada. Eu não sentia mais nada, apenas frio. Porém, uma centelha ainda estava ali, relutante, e ela pareceu ser suficiente para ativar todas as células do meu corpo.
Aquela centelha foi crescendo, e eu sentia a raiva tomar conta do meu corpo. E então, tudo pareceu tão claro, tão quente. E eu vi fogo. Eu estava em chamas. Eu ERA aquelas chamas. E me vi saindo das águas daquele lago. Eu senti uma ou duas algas tentando me segurar, me puxar, mas eu estava seguro de sair dali, e aquelas algas não eram fortes, eram apenas tentativas, ou falsas tentativas, como se estivesse tentando mudar minha cabeça. Mas eu não era mais o mesmo.
Então, me vi fora dali. Estava intacto, se não fossem as marcas em meu peito. As algas daquele lago apertaram bastante nessa, mas eu não havia sentido dor. Deveria ter algum anestésico nelas. Pena que ele não era "eterno", pois agora eu sentia um certo incômodo que parecia que não teria fim.
Tentei correr dali, mas meus olhos não conseguiam desviar daquele lago. Algo ali me prendia, porém eu estava "livre".Os braços sumiram. Os cabelos, estes haviam escapado de vez. Os olhos não me viam mais. E o coração, bom... ele ainda batia. Mas não pra mim.
Apesar de todos os sinais, do medo, eu ignorei. Posso não ter me jogado de cabeça naquele lago escuro e misterioso, mas não entrei cuidadosamente. Apenas... Entrei. E me vi enrolado em algas que me puxavam para o fundo. Entrelaçadas em meus pés e mãos, acariciando minha face, vendando meus olhos, tapando meus ouvidos. E cada vez, sempre mais fundo...
E o mais engraçado disso tudo é que, apesar do medo, eu deixava. Não me debatia, não lutava. Cada célula do meu corpo gritava para fugir, mas não conseguia escutar. A venda em meus olhos produzia imagens de um sonho bom, acompanhadas de sons, vozes e músicas reconfortantes. Como acompanhamento, o cheiro e as carícias que eu sentia tornavam o torpor ainda maior. Como fugir de algo que parecia tão confortável, tão bom?
E então, tudo some. Repentinamente. Não há mais nenhuma venda em meus olhos, mas não conseguia enxergar nada. Não conseguia escutar mais nada. Eu estava tão no fundo que nenhum sentido fazia sentido. Meu corpo não sentia mais nada. Eu não sentia mais nada, apenas frio. Porém, uma centelha ainda estava ali, relutante, e ela pareceu ser suficiente para ativar todas as células do meu corpo.
Aquela centelha foi crescendo, e eu sentia a raiva tomar conta do meu corpo. E então, tudo pareceu tão claro, tão quente. E eu vi fogo. Eu estava em chamas. Eu ERA aquelas chamas. E me vi saindo das águas daquele lago. Eu senti uma ou duas algas tentando me segurar, me puxar, mas eu estava seguro de sair dali, e aquelas algas não eram fortes, eram apenas tentativas, ou falsas tentativas, como se estivesse tentando mudar minha cabeça. Mas eu não era mais o mesmo.
Então, me vi fora dali. Estava intacto, se não fossem as marcas em meu peito. As algas daquele lago apertaram bastante nessa, mas eu não havia sentido dor. Deveria ter algum anestésico nelas. Pena que ele não era "eterno", pois agora eu sentia um certo incômodo que parecia que não teria fim.
Tentei correr dali, mas meus olhos não conseguiam desviar daquele lago. Algo ali me prendia, porém eu estava "livre".Os braços sumiram. Os cabelos, estes haviam escapado de vez. Os olhos não me viam mais. E o coração, bom... ele ainda batia. Mas não pra mim.
E aí gente, tudo bom? Quanto tempo, não? EU QUERIA POSTAR ALGO, JURO! Mas não tava conseguindo pensar em nada (mentira, até conseguia, mas não tava conseguindo escrever). Bom, pra me desculpar por esse ano todo sem nada, resolvi postar esse texto, de minha autoria (disq). Bateu vontade de escrever algo e saiu isso (to bem assim, mas mais com desenho).
Enfim, espero que tenham gostado e até a próxima!
Beijos de luz :*